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terça-feira, 15 de novembro de 2011

                                Acabe com os mitos e 
                                 curta o prazer do sexo anal




Livre-se de condenações religiosas, oposições morais
e médicos mal-informados sobre sexo anal
O assunto é profundo e tão cheio de mitos e dúvidas quanto de prazeres. Fala-se aqui de sexo anal, essa prática cheia de segredos mesmo ela sendo a principal forma de sexo entre homens. Homossexuais e homens bissexuais sofrem com isso por uma série de fatores, tais como condenação religiosa do coito anal, moral contrária a esse tipo de penetração e até cara feia de alguns profissionais da medicina.

Pois esqueça os médicos que mal conseguem disfarçar que só estão repetindo idéias que eles ouviram na faculdade entre uma cerveja e outra. Aqui, vamos conversar com um profissional que parece ter como missão acabar com todos os mitos que envolvem o sexo anal. O doutor Celso Manzano, urologista, sexólogo e terapeuta sexual, escreveu o livro "O Prazer Secreto", da Editora Eden, que versa sobre a penetração de pênis pelo ânus. Só isso? Não! Que tal mão, dois pênis, objetos... Esqueça a cara de * do seu proctologista e veja quem trata do assunto como deve ser: sem nenhum rabo preso com a moral
senhor atende muitos homens que têm algum tipo de receio em fazer sexo anal passivo? O que eles dizem?
Sem dúvida que sim. Muitos pacientes homossexuais têm temores e mitos na prática do sexo anal. Eles têm medo de se ferir, de consequências futuras e de não ter prazer ou orgasmo. A prática do sexo anal é, provavelmente, o maior tabu sexual existente em nossa sociedade. A penetração pelo ânus parece - para algumas pessoas - como uma prática cruel e suja. Quando o sexo anal é citado na mídia, geralmente leva a idéia de negatividade, violência e degradação e dificilmente de positividade ou prazer. A sua reputação ficou pior ainda nas últimas décadas, devido ao surgimento do vírus HIV, que é facilmente transmitido pelo sexo anal desprotegido. A nossa cultura, que fala muito pouco sobre sexualidade, e muito sobre sexo, não dá a oportunidade de acesso a informações àqueles que querem saber detalhes das diversidades sexuais, mesmo que não desejem praticá-las.

É comum, no meio homossexual, introduzir objetos, mãos ou até dois pênis no ânus. Quais cuidados o senhor recomenda para estas práticas?


Muitos acessórios podem ser utilizados para esta estimulação. A introdução de algo no reto através do esfíncter (músculo em forma de anel que mantém o ânus fechado) pode ser desconfortável nas primeiras vezes, mas a pessoa se acostuma de forma relativamente fácil, se assim o desejar. Uma vez introduzido, o objeto estimula a glândula prostática, que fica ao lado da parede do canal anal no homem, ou estimula a parede vaginal, localizada ao lado desta região na mulher. Na maioria das vezes dá prazer, maior intimidade, maior cumplicidade e pode ser uma preliminar prazerosa à penetração. Mas deve-se atentar para algumas precauções como usar objetos lisos, que não quebram e que tenham a ponta fina. De início, deve-se começar a usar objetos de tamanhos pequenos e aumentá-los progressivamente, se assim desejar. A lubrificação deve ser contínua e em grande quantidade. A introdução deve ser lenta, progressiva e delicada. No caso de mão, deve-se ter as unhas aparadas ou usar luva. A introdução de frutas e vegetais não é recomendada por poder conter agrotóxicos e resíduos como terra e microorganismos.
Com os devidos cuidados, não há problema
em introduzir objetos grandes no ânus
O estado psicológico também é importante, certo?

A tensão e o medo podem fazer com que a penetração seja difícil e neste momento é que podem ocorrer os ferimentos da mucosa anal e do reto. O relaxamento é indispensável e deve ser aprendido. Os movimentos do acessório sexual de entrada e saída no ânus e no canal do reto devem ser lentos e cuidadosos para evitar ferimentos e perfurações da mucosa. Saiba que até mesmo o pênis pode ferir o parceiro se a penetração for violenta e com movimentos bruscos. Quando existir dor, a resposta do corpo é a rejeição com contrações dos músculos, o que provoca mais sofrimento pelo aumento da dor.

Após a penetração, os movimentos do corpo devem ser lentos e cuidadosos. Sugere-se que o corpo fique parado e o movimento seja só do acessório sexual. Se a masturbação ou penetração for realizada por outra pessoa, tenha certeza de discutir o ato antes da sua realização, as condições de higiene, o uso do preservativo e a maneira correta de realizar a penetração. O parceiro que está realizando a manipulação anal perde, muitas vezes, a noção destes parâmetros pela própria excitação.
Por que o sexo sem proteção na região anal é o que oferece mais riscos para infecção de DSTs?

Não só é mais fácil pegar como também transmitir a aids para o parceiro. As microlesões que ocorrem no ânus e no pênis durante a relação anal são os locais de entrada do vírus da aids. Também a mucosa do intestino absorve com maior facilidade o vírus do que a mucosa vaginal. A prática do sexo seguro é vital para a prevenção das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Outras formas de prazer anal sem barreiras de segurança podem também aumentar os riscos de contaminação pelo vírus. Aqui incluem-se o contato oral – anal, a penetração manual (fist fucking), ou o compartilhar de acessórios sexuais

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